Encontrei no blog do Sérgio Taborda um excelente texto sobre as diferenças entre analistas júniores e sêniores, como concordo com sua abordagem resolví compartilhar com você. Abaixo segue o texto na íntegra.
Vivemos uma época transformadora no desenvolvimento de software. A partir da segunda década do século XXI só vai sobreviver quem fizer software barato (leia-se: sem “gordura”), recheado de valor, feito com responsabilidade e entregue no prazo. É a hora de separar o trigo do joio.
Os sufixos júnior e sênior me aborrecem enormemente desde sempre. Especialmente quando utilizados fora de contexto ou como sinônimos de “tempo de serviço”. Mas o que realmente faz de você um júnior ou um sênior?
A resposta a esta pergunta pode não ser o que você esperava ouvir. Mas se quiser trabalhar com software nos próximos decênios é bom que a aceite.
A diferença entre júnior e sênior não está na idade, nem no tempo de serviço. Está na maturidade técnica e na maturidade profissional.
Para um júnior, trabalhar muito é sinônimo de “bom”. Trabalhar até altas horas e acumular um monte de horas extra é um sinal de dignidade. Para um sênior só de isso ser sugerido, é um insulto. O sênior sabe que se algo der errado não é com horas a mais ou fins de semana longe da família que o problema se resolve. Bem pelo contrário. Se agrava. Então a posição do sênior é não ter problemas. Para isso ele usa todos os seus skills técnicos para que problemas não aconteçam ou sejam facilmente mitigados. Um bom design, uma bateria de testes automatizados e muito refactoring são ferramentas básicas do sênior para não deixar “a vaca ir pro brejo”.
Para um júnior, boas práticas são subjetivas e discutíveis e gambiarra é um martelinho de ouro que resolve todos os problemas com uma pancada só. Para o sênior, as boas práticas são como leis da natureza, objetivas e irrevogáveis, e a gambiarra um pecado demoníaco intolerável que tem ser exorcizado a qualquer custo de todo aquele de quem se apodera. O sênior sabe que seguir bons princípios e boas práticas fazem as coisas fluírem mais facilmente e responder mais eficazmente a imprevistos enquanto o júnior ignora que as suas gambiarras são aquilo que está fazendo seus fins de semana serem perdidos na empresa ao invés de poder estar em casa ou em passeio com os amigos ou a namorada.
O júnior acha que o objetivo de construir um software é fazer o programa funcionar. O sênior sabe que o objetivo de criar um software é fazer uma aplicação de fácil manutenção. Pois é na manutenção que está o custo e não na criação.
O júnior acha que com 3 anos de serviço pode ser um pleno. Um pleno tapado será se pensa que o tempo traz experiência. O trabalho é que traz experiência. O sênior sabe que desenvolver software é uma arte e um arte não se aprende com o tempo e sim com a prática.
O júnior tende a usar pouco a cabeça, tentando seguir ao máximo “receitas de bolo”, sem se ater ao contexto. O sênior racionaliza o problema e encontra a solução mais flexível até à solução. Normalmente esta solução só é possível com o uso de alguma técnica avançada de desenvolvimento de software como o uso de objetos em vez de rotinas. Como para o júnior boas práticas são piadas que se contam aos amigos este tipo de técnica passa
4 Response Comments
Excelente post Igor.
Também concordo com seu ponto de vista em genero, numero e grau.
Abracos,
Silva Developer
Muito bom o artigo, muito mesmo. O importante é saber quem está disposto a ser ô “Senior”. Toda mudança gera desconforto, mas é necessária.
A palavra de ordem é ATITUDE meu amigo Marcio.